Mãe homicida em fuga com o filho de oito anos

Ana Grácio foi condenada a 16 anos e três meses de cadeia pelo homicídio de um jovem.

A mulher que está desaparecida com o filho de oito anos, em Leiria, foi condenada a 16 anos e três meses de cadeia por homicídio qualificado e tem um outro processo por crimes violentos, que começa a ser julgado esta quinta-feira, envolvendo um grupo perigoso que impunha, pelo terror, serviços de segurança em várias casas de diversão noturna. Ana Grácio, de 30 anos, foi julgada no ano de 2015 – com mais quatro arguidos – mas ainda está em liberdade por terem sido apresentados sucessivos recursos e o processo não estar ainda concluído. O menino, José Carlos Vieira, deveria ter sido entregue ao pai no dia 30 de dezembro – iam festejar a Passagem de Ano juntos – mas está incontactável, tal como a mãe. A criança ainda não voltou à escola desde as férias de Natal. Luís Vieira, de 32 anos, esteve com o filho no fim de semana de 16 e 17 de dezembro. No dia 27, falaram pelo telefone e o menino disse-lhe que estariam juntos a partir do sábado seguinte. “Já tentei todos os contactos possíveis e estou muito preocupado”, disse ao CM, receando que o menino “já não esteja em Portugal”. “Supostamente, a mãe fugiu”, lamentou Luís Vieira, que participou o desaparecimento do filho à GNR. A queixa seguiu para o Tribunal de Menores de Pombal, onde decorre o processo de regulação do poder paternal. Luís Vieira não quer falar sobre os crimes praticados por Ana Grácio, por desconhecer “o que realmente aconteceu e por se tratar de uma situação muito delicada”. Ana foi condenada com mais quatro vigilantes da empresa de segurança Lexsegur, pelo espancamento até à morte e, sem razão aparente, de um jovem romeno de 23 anos, há cinco anos.

A vítima foi atraída para o exterior da discoteca Alibi e agredida violentamente, acabando por morrer. PORMENORES Processo na Relação O processo por homicídio está no Tribunal da Relação de Coimbra. Apesar de já ter havido uma decisão, estão ainda a decorrer prazos para eventual reclamação, relativamente a um despacho que não admitiu o recurso para o Tribunal Constitucional.  Operação “Punho Cerrado” Ana Grácio foi detida em dezembro de 2016, pela PSP, no âmbito da operação “Punho Cerrado”. Está acusada dos crimes de associação criminosa e exercício ilegal de segurança privada. O processo envolve 21 arguidos, entre eles os irmãos Paulo e Jonatas Miguel.

Fonte: in site Correio da Manhã

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