Cancioneiro amorense. Pinheiro manso

Mandaste-me aqui vir ter
À sombra do pinho manso
Eu vim e tu não vieste
Olha amor o teu descanso.

Mandaste-me aqui vir ter
À sombra do pinho bravo
Eu vim e tu não vieste
Olha amor o teu cigarro.

Mandaste-me aqui vir ter
Ao largo da Marinheira
Eu vim e tu não vieste
Olha amor a brincadeira.

O meu amor mais o teu
Foram os dois à ribeira
O meu foi à erva-doce
O teu à erva-cidreira


Informações

Data: Desconhecida
Recolhida por Catarina Rodrigues Oliveira, publicada na sua tese “Memórias da minha terra – Amor uma aldeia, um património

Cancioneiro amorense. Ai quem me dera

Ai quem me dera
Meu amor ai quem me dera
Ai quem me dera
Ir ao céu e vir à terra.

À minha porta está louro
À tua porta está um loureiro
Quando tu falares em mim
Olha para ti primeiro.

Ai quem me dera
Meu amor ai quem me dera
Ai quem me dera
Ir ao céu e vir à terra.

Se eu soubesse quem tu eras
O que tu vinhas a ser
Não te dava falas minhas
Nem segredos a saber.

Ai quem me dera
Meu amor ai quem me dera
Ai quem me dera
Ir ao céu e vir à terra.

Ai à minha porta passa
Uma grande calhandreira
Leva novas e traz novas
Anda o barco na Carreira.

Ai quem me dera
Meu amor ai quem me dera
Ai quem me dera
Ir ao céu e vir à terra.

Meus senhores não se admirem
De eu cantar e ser casada
Eu canto por ser feliz
E me sentir tão amada.

Ai quem me dera
Meu amor ai quem me dera
Ai quem me dera
Ir ao céu e vir à terra.


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Data: Desconhecida
Recolhida por Catarina Rodrigues Oliveira, publicada na sua tese “Memórias da minha terra – Amor uma aldeia, um património